Ninguém se faz por
acaso. Só às vezes, quando as pessoas abrem o bico, com o peito
cheio, para dizerem que estão onde estão por mérito próprio...
Será? E se eu disser que o cantor e compositor Chico Buarque de
Holanda é filho do escritor e militante Sérgio Buarque de Holanda,
que o Cazuza era filho de um dos Diretores da Som Livre e que no
salão da casa dos pais do Renato Russo havia um piano de cordas,
isto e outros fatos mais fariam diferença no conceito de sucesso o
qual habita a sua sã consciência?
Talvez, mas, não estou
afirmando que pessoas de sucesso se beneficiam, o tempo inteiro, por
vieses políticos ou o velho Quem Indica de guerra. Chico Buarque foi
exilado do país ainda na era da Ditadura Militar, lá pelos
enferrujados anos de 1970, e ninguém há de discordar que o fora por
motivos políticos intrínseco ao seu comportamento público e ao
teor de suas composições. O que levaria os ultranacionalistas da
república a convidarem para um retiro longe das fronteiras do Brasil
um homem branco, de olhos claros, bom partido e de laços sangüíneos
de fazer inveja?
O berço poético deste
rapaz tinha mais recheio de ideias políticas, de militância e
consciência acerca dos fenômenos sociais do que de influência do
meio, do simples fato de ser filho do autor do livro Raizes do Brasil
ou coisas do gênero.
Diga-se de passagem, o
que está escrio nesta obra pode ter exercido maiores influências na
coleção de mais de 30 discos do Chico do que o produto de sucesso
do seu pai, que se estampa nas prateleiras das livrarias até os dias
de hoje. Assim como o piano na sala do Renato Russo ou o costumo
frenético do pai do Cazuza em ouvir Cartola, Noel Rosa e Novos
Baianos...
Existe uma infinidade
de variáveis ocultas que nos ajudam o tempo inteiro (para alguns,
por uma infelicidade do “destino”, atrapalham...), contudo, o
conjunto desta obra é que se serve de vetor para indicar e expedir o
porquê de estarmos onde estamos ou de irmos aonde vamos. De que
adianta enganar-se de graça com aquele discurso de que ninguém
depende de nada ou de ninguém e vice-versa? Também, temos que fazer
a nossa parte, tal qual conjulga o verbo no tempo Presente, com
esforços para além do normal, trabalho, sacrifício (no sentido
social da palavra), afinco e muito suor rasgado e regado a poucas
noites bem dormidas de sono...
A explicação está
bem do nosso lado, com exemplos simples e pequenos, bem menores do
que estes os quais habitam a constelação estrelar do mainstream...
Hoje, sou formado em Adminstração, egresso no ano de 2006 e
concluinte no ano de 2008. Atrasei a coisa de dois anos com relação
ao tempo necessário para a conclusão de um curso superior, porém,
isto se deveu à uma mudança de planos de vida e de escolha.
Com 18 anos, passei no
vestibular para Economia e, até os meus 21, conclui 5 períodos de
uma grade curricular recheada com disciplinas de História Econômica
e Ciência Política, bem diferente do que a crença popular sai
pregando por aí, quanto à formação de economista. “Sem abrir um
livro”, sequer, consegui aprovação em um exame de vestibular
(para o curso de Administração) que versava concorrência acima de
10 para 1 e argumento mínimo maior que 580 pontos. Isto, porque
durante mais de 2 anos, a quantidade de livros e autores de história
e política que tive que engolir, não por acaso, nas poucas horas
bem dormidas de sono...
Não sou uma pessoa de
sucesso, meu nome não estampa as páginas dos jornais, revistas ou
programas de televisão. Mas, eu queria passar naquele exame e o
sucesso era a aprovação! Bem parecido com os casos de nossos amigos
que passam em concursos públicos (porque a maioria das questões da
prova tratavam de assunto o qual estava em seu pleno domínio),
seleções de emprego e até jogos de loteria. A sorte parece mais
produto do destino que desenhamos do ue ocasião do acaso...
Provavelmente, se
tivesse eu decidido tomar a decisão que tomei naquele momento 1 ou 2
anos antes, o resultado poderia ter sido o inverso do que se viu até
então e a aprovação teria sido amargada por um desestímulo
percorrente nos anos seguintes. A vida é um recheio de oportunidades
e é necessário preparo para que se possa ter a força exata a fim
de agarrá-las e fazer delas unicamente suas! Porém, as mesmas não
aparecem assim, do nada ou por acaso. ACORDE!!!
As variáveis ocultas
levaram-nas até as escolas as quais frequentamos durante a infância
para nos assistir, às nossas rodas de amizade na adolescência para
dar conselhos ou aos nossos cadastros nas redes sociais e nos sites
de emprego e estagio da Internet ou dos bancos das universidades para
dar aquele empurrão de misericórdia.
Do contrário, cai-se
naquele discurso vicioso que fala da superioridade do vizinho, do
amigo ou do ídolo estampado nos encartes dos CDs e das páginas da
Internet.
Por: Andesson Amaro Cavalcanti
Em: 13/03/2012
Objetivo: www.LigadosFM.com
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