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Mas, vamos ao que interessa que é a coluna, bem hoje eu vou falar do primeiro longa-metragem feito direto para o cinema do diretor Guel Arraes seus filmes anteriores, O Auto da Compadecida e Caramuru - A Invenção do Brasil, eram adaptações de minisséries exibidas na tv. Então o filme de hoje é Lisbela e o Prisioneiro um filme que pra mim foi importante pois em novembro de 2003 ele foi exibido lá em Fernando de Noronha. Então vamos a coluna.
Sinopse: Lisbela é uma jovem sonhadora que ama cinema. Leléu é um galanteador de primeira que cruza com nossa jovem protagonista em uma de suas aventuras e acaba se apaixonando por ela. Porém, há dois problemas que os impedem de ficar juntos: Lisbela está noiva e há um assassino profissional atrás de Leléu, depois que este se envolveu com sua esposa.
Enredo: O filme é uma comédia romântica que conta a história divertida do malandro, aventureiro e conquistador Leléu, e da mocinha sonhadora Lisbela que adora ver filmes americanos e sonha com os heróis do cinema. Lisbela está noiva e de casamento marcado, quando Leléu chega à cidade. O casal se encanta e passa a viver uma história cheia de personagens tirados do cenário nordestino. Lisbela e Leléu vão sofrer pressões da família, do meio social e também com as suas próprias dúvidas e hesitações. Mas, em uma reviravolta final, cheia de bravura e humor, eles seguem seus destinos. Como a própria Lisbela diz, a graça não é saber o que acontece. É saber como acontece e quando. E aí... Só vendo o filme.
Resenha: No ano de 2003 acontecia em Noronha o projeto “Arte na Ilha” onde teve oficinas de teatro, música e artesanato, e foi junto com esse projeto que “Lisbela e o Prisioneiro” entrou em minha vida por que a oficina de teatro foi feita com parte do elenco do filme Tadeu Melo e Virginia Cavendish, mas em fim foi “Lisbela” que trouxe o mundo do Cinema para Noronha e coincidentemente o filme se trata de cinema, pois a personagem principal vive esse mundo de sonhos que ele nos proporciona e o legal é que a história se passa aqui no Nordeste mas, os dramas, aflições e sonhos da personagem principal são universais. Até por que, quem nunca quis viver um amor que aparece nos filmes? E quem nunca quis ter um beijo imenso para se afogar de paixão? "Lisbela" é isso, é o nosso desejo de viver um filme, e o desejo em ser o personagem principal de nossas histórias.
Naquela noite em que o filme foi exibido eu pude ver o brilho nos olhos de quem assistia, era como se o mundo estivesse parado enquanto “Lisbela” passava no telão, e a trilha sonora? A trilha do filme é perfeita com nomes que vão desde Zé Ramalho, Los Hermanos e Caetano Veloso. Mas o maior mérito da pelicula foram os seus personagens tão bem construídos e com um humor tão sutil e simples aos olhos de quem assiste e as atuações primorosas de Selton Melo e Debora Falabela, e outro grande mérito que reside aqui é a capacidade incrível que ele tem de contar histórias, de divertir e ensinar a partir da observação do cotidiano que é apresentado no filme.
Então se você carrega a essência de sonho que o cinema nos proporciona “Lisbela e o Prisioneiro” é o filme no qual você vai se identificar se divertir e dar boas gargalhadas e com certeza esse foi um gol de placa no cinema Brasileiro. E pra terminar eu gostaria de deixar um texto que é dito pela Lisbela em um certo momento no filme.
"O amor me chamou pra outro lado e eu fui atrás dele. Eu pensei que se eu não fosse a minha vida inteira ia ser assim. Uma vida de tristeza, vida de quem quis de corpo e alma e mesmo assim não fez. Daí eu fui. Eu fui e vou, toda vez que o amor me chamar, vocês entendem? Como um cachorrinho, mas coroada como uma Rainha."
- Lisbela e o prisioneiro
Por: Anderson Ricardo
Em: 30/03/2012
Objetivo: www. LigadosFM.com
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