Tem gente que confunde
indústria com nacionalismo. Nos últimos dois dias, como se já não
bastasse o excesso de parcialidade em um programa
jornalístico-informativo das manhãs semanais natalenses – entre
segundas e sextas-feiras –, nos últimos meses, veio à tona uma
série de críticas severas contra a postura tomada pelo Itamaraty na
questão “recirpocidade” ao embargo na entrada de espanhóis em
território brasileiro.
Como assim? Durante
anos, brasileiros e brasileiras foram chutados, pisoteados e
humilhados publicamente em aeroportos hispano ibéricos e, agora, que
a diplomacia tupiniquim adota postura recíproca e definitiva, no que
diz respeito à falta de respeito ao turista e imigrante brasileiros,
vêm meia dúzia de “cidadãos da terra” requerer, publicamente,
explicações lógicas frente à postura adotada por nossa nação
contra este tipo de abuso.
Quem eles pensam que
são, senão, um grupinho vendido de pessoas, metidos a jornalistas
(ou locutores de rádio) e que se dizem defensores do interesse
público? O que têm mostrado é que não passam de gatinhos mimados,
com um discurso radical, parecendo mais um bando de defensores
tendenciosos dos interesses de quem tem pouco a dizer. É como se
falassem demais por terem nada a dizer (adaptado de Renato Russo).
Mas, tentam entortar a opinião pública...
Eles queimam mais a
própria imagem, a marca do grupo para qual trabalham, prestam seus
serviços (sei lá, uma coisa ou outra...), nesta intentona
desgraçada do que na defesa de um grupo político nada querido por
mais de 90% dos cidadãos que moram nesta cidade (como também o
fazem), por exemplo. Antes de tudo, eles têm que ter o norte de que
estão a lidar com informação, têm que ser parciais. Não sabem
que coluna social, antes de mecanismo de informação, alia-se ao
objetivo crítico de emitir opinião sobre um fato ou uma série de
acontecimentos? Informar está muito além disso.
Defendem mudança de
postura por parte do Itamaraty, no que diz respeito à política de
reciprocidade aos cidadãos e turistas espanhóis os quais ousam
colocar os pés em nosso país, depois de tudo o que fizeram contra
nós, por anos. Isto tudo, em nome da indústria turística local,
que “amarga” uma queda de 10% nas vendas de pacotes de viagens
para cá; um país seriamente afetado pela crise de 2008, com mais de
22% de desempregados, com a maior divida pública de toda a União
Européia, totalizando 80% do próprio PIB, e com o maior percentual
de redução nos níveis de consumo e renda de toda aquela região.
Será que,
economicamente, compensa investir em um mercado cuja força sequer
sabe lidar com a força da gravidade nos dias de hoje, que ruma o
caminho da desgraça? E quanto ao sentimento de nação e cidadania
que nem por hora ele respeita? A questão aqui é diplomacia, questão
indiscutivelmente de maior importância do que mercado e opinião
(sempre do contra).
Deveríamos, mesmo,
abrir nossas pernas, feito uma prostituta barata, que se doa a um
pobre coitado o qual, sequer, paga as próprias contas? Não caberia
a mim o louvor desta resposta, já que não sou especialista em abrir
pernas. Diferente desses apresentadores de radio a que me refiro
aqui, que se vendem por tão pouco, alfinetam a vós mesmos com a
emissão de tanta opinião pobre, com pouco conhecimento de causa ou
discernimento crítico, NÃO.
Até porque, também
não me vendo a politico, nem alio-me a grupo de postura suspeita.
Que sejam prostitutas,
porém, nunca, uma prostituta brasileira. Mas, pelo bem da
democracia, faço-lhes o favor de justificar que tudo isto, da parte
dessas amostras grátis que se fazem de locutores de radio das nosas
manhãs, não passa daquela velha postura ranzinza de ser do contra.
Por: Andesson Amaro Cavalcanti
Em: 03/04/2012
Objetivo: www.LigadosFM.com
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