21º Mundo Cão - Até Onde Vai a Crença em Dois Mundos que Não se Tocam?


O mundo é um coletivo de mudanças, o qual funciona dinamicamente, e que não está a serviço da nossa zona de conforto. Temos que estar preparados para as boas novas do mercado, para as mudanças nas grades da programação da TV ou na ocasião de não mais encontrar disponível nas prateleiras dos supermercados aquela barra de chocolate de que mais gostávamos. Deparar-se com as mudanças cotidianas não se trata de um ato de traição do mundo contra nós mesmos!

É imprescindível qualificar-se, a fim de estar preparado para enfrentar essas novas mudanças! E não se trata de qualificação profissional, de uma pós-graduação ou uma proposta de MBA a ser encarada, somente. Falar de mudanças, de como enfrentar os câmbios de conceitos e pontos de vista, vai para o além do dia a dia, do rodo cotidiano e da nossa capacidade de fazer a história de nós mesmos.

Adaptar a nossa rotina às mudanças de todos os dias é fazer de nós, antes de tudo, pessoas melhores e, em seguida (assim como mais importante do que vier em terceiro), profissionais de ponta. Isto vai do melhor uso da comodidade em favor próprio ao conhecimento de manuseio das ferramentas do serviço bancário via Web para pagar contas, fazer transferências e verificar o próprio saldo na conta corrente a até visualizar oportunidades valiosas de empreendimento e ascensão profissional.

Tudo bem que exista o medo, por parte de muitas pessoas! De quase todo mundo, para falar a verdade. Afinal, quem não receia não ter dinheiro para honrar com as contas no fim do mês ou, sequer, poder fazer a feira e manter a família devidamente alimentada?

Ao mesmo tempo, todavia, a susceptibilidade ao fracasso ou a eventualidades nada agradáveis está diretamente relacionada ao despreparo. Ou seja, o medo é fruto do despreparo.

E, aí, entram as várias conversas que tive nos últimos dias com várias pessoas a respeito de uma vida profissional tranquila no serviço público. Em uma entrevista dada a um programa da Record News, o cantor Lobão mostrou-se indignado com uma estatística referente aos 85% de jovens que passaram a desejar uma cadeira no serviço público brasileiro durante o Governo Lula. Como pode milhões de jovens não pensarem em voos mais altos, em tentar um empreendimento de sucesso ou mesmo deixar para mais tarde esse desejo por uma vida mais tranquila, mais família?

Todos os dias, passo em frente a um prédio onde é sediado uma escola preparatória para concursos públicos e, em sua fachada, está estampado um gigantesco painel com a foto de quatro aprovados em um desses certames da vida. São visíveis as características profiláticas de um plausível concurseiro nos olhos de cada um deles, daqueles que deixaram tudo de lado em suas vidas para dedicar-se a todos os tipos de seleção de tal ordem que viessem à frente. Veja bem, a vida deles pode, simplesmente, ter parado de acontecer!

São pessoas jovens, como se vê nas imagens estampadas no painel lá estendido, com tamanho potencial como qualquer dono de uma grande rede de distribuição da cidade! Por hora, eu também questiono se eles sabiam (sabem ou aprenderam a) fazer algo, exercer uma profissão, assumir uma atribuição, alguma responsabilidade, em alguma esfera produtiva da vida... Entre estes e outros pensamentos mais, só creio em uma coisa como certa: estão despreparados para as mudanças do mundo; estão despreparados para enfrentar a necessidade de mudança; não sabem lidar com as mudanças as quais, inevitavelmente, o mundo lá fora trás como única certeza de um planeta habitado por seres vivos.

Sabe! Antes de crer que fugir das mudanças do mundo incerto é o golpe de mestre dado em direção à sobrevivência, é imprescindível estar preparado para as mudanças oriundas do ponto de partida mais inesperado. Dentro do serviço público, por exemplo, o qual, brevemente, estarão esses concurseiros como funcionários efetivos... Será que eles próprios pensaram nisto? De verdade, por todas as experiências as quais passei, dos bancos das universidades ao dia a dia dentro do condomínio onde moro, respondo que não.

Pois, dos muitos que questionei, quase todos esses muitos resistem, com veemência, à ideia de que o serviço público está sujeito à mudanças e reformas que podem mudar radicalmente a vida nas repartições, ainda que conscientes de que estão em um sistema cíclico, sujeito a elas (as mudanças).

Uma realidade repleta de certezas e seguridades pode estar distante de um conjunto de rotinas corridas e cheio de surpresas. Tal qual as diferenças entre os dias que se passam nas repartições das empresas privadas, nos escritórios de negócios e nas repartições públicas. Contudo, acredite: “um dia, a casa cai”!

P.S.: Não existem bases sociais consolidadas sobre pilotis, protegidas de um mundo sujeito às mudanças...

Por: Andesson Amaro Cavalcanti
Em: 01/05/2012
Objetivo: www.LigadosFM.com

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