8ª Criticando Cinema: As vezes o que se passa na cabeça não é tão louco quanto você pensa.

Olá pessoal, o criticando cinema de hoje vai falar do filme “Se enlouquecer não se apaixone” (It’s kind of a funny story) dirigido por Anna Boden e Ryan Fleck e estrelado por Zach Galifianakis (Se Beber não case 1 e 2), Keir Gilchrist (conhecido por uma série do Disney Channel) e Emma Roberts (conhecida pela série da Nickelodeon Normal demais e outros filmes comédia romântica adolescente).

Sinopse: Craig é um calouro do colegial, num programa talentoso, apaixonado pela namorada de seu melhor amigo. Quando toma consciência que é um potencial suicida, se interna na ala psiquiátrica de um hospital, achando que eles o observarão, o ajudarão e mandá-lo de volta para casa em tempo de começar na escola no dia seguinte. No entanto, enquanto a ala juvenil é renovada, ele terá que ficar por uma semana na ala dos adultos e também com outros mais jovens.

Enredo: O filme é a história de um garoto que está com depressão e pensa em se matar. Sem saber o que fazer, ele mesmo se interna para receber tratamento psiquiátrico num hospital e lá ele conhece o Bobby, um homem com problemas com a filha jovem, Craig também conhece Noelle, da mesma idade que ele. Enquanto tenta evitar que seus amigos descubram onde está, ele segue na terapia, canta e ajuda Bobby com seu problema.

Resenha: Sabe aqueles filmes pelos quais você não dá nada, mas acaba, por fim, se surpreendendo? Então “Se enlouquecer não se apaixone” é um desses filmes, e tinha um tempinho que eu vinha rejeitando ele, pelo simples motivo de que tinha uma proposta piegas demais com atores de produções piegas demais. Mas, o filme me surpreendeu de uma forma singular, eu sei que o filme é clichê em vários pontos e aborda alguns temas que prevemos desde a sinopse. Mas vale a pena e consegue ser original mesmo batendo numa tecla talvez já gasta nos filmes. É divertido e com um nível de reflexão mínimo para você acabar com um sorriso bobo nos créditos (vale dizer um sorriso não resultante das piadas).

A direção é bem original. Vários efeitos são adicionados à gravação efeitos de filme antigo, de desenho, a câmara para, como em pause, e a narração em off surge de fundo em certos momentos, e muitas vezes os acontecimentos são exibidos de um modo particular, como se fossem retirados mesmo da cabeça do personagem. Esses detalhes tornam a produção bem interessante, além de sua história que vai cativando o espectador aos poucos.

Achei legal a mensagem de que temos todos um pouco de loucura dentro de nós, e o filme explora, que é muito importante vermos além da superfície dos que conhecemos. Não só com os meio pirados, nos quais temos de ver as qualidades por trás do estranhamento, mas também com os normais, nos quais a loucura ou a incoerência estão sempre escondidas.

Então se você está procurando um filme para aproveitar no tempo livre “Se enlouquecer não se apaixone” é uma grande pedida de comédia romântica/dramática, ele não é aquilo tudo que certos filmes nos proporcionam. Contudo, mescla muito bem um pouquinho de reflexão com diversão descomprometida. Realmente um tempero bem dosado para uma tarde domingo. E pra finalizar o criticando cinema eu separei alguns diálogos entre as personagens, então até a próxima coluna.

“Concedei-nos Senhor, serenidade necessária, para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguirmos umas das outras.” Reihold Niebuhr

“- Eu não tenho nenhum amigo. 
- É uma descoberta muito triste.” Diálogo entre o Bobby e um louco

“-Se não está ocupado nascendo, está ocupado morrendo.” Bobby

“- Gosta de música? 
- Gosta de respirar?” Diálogo entre o Craig e a Noelle. 




Por: Anderson Ricardo
Em: 15/06/2012
Objetivo: LigadosFM 

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