Saudações, amantes de histórias e
estórias, como todos vocês têm passados esses dias? Tive dias confusos nessas
minhas jornada por terras novas que venho andando. Gostaria de expô-los a todos
vocês. Sentem-se nas cadeiras e sirvam-se com o café que estava na mesa. Sim! É
para da o sabor de cafeína desses eventos que irei narrar.
Após saltar do estranho transporte
marítimo que me transportava por profundidades desconhecidas, dei de face com
uma estranha praia. Estava amanhecendo, e a areia combinava com o amarelado do
céu. Essa areia era de um tipo diferente rígida, e a extensão costeira era
curta; logo atrás seguiam-se construções que se enquadravam numa paisagem de
elevações montanhosas e árvores altas. Andei, ainda meio tonto pela maresia,
caminhei, retirando os equipamentos de mergulho, até chegar num chão cinzento,
duro como rocha impermeável. Continuei andando, quando fui repentinamente
abordado por um estranho velho. Sua pele morena e enrugada fazia um contraste
com sua enorme barba, que descia pelo pescoço. Usava um estranho pano branco
encaracolado na cabeça e um manto de azul desbotado cobria o resto de seu corpo:
-"Você não é dessa região jovem
rapaz; é perigoso ser um forasteiro por essas regiões sabia?"
-"Nossa! Como o senhor disso?
Esse lugar é perigoso?"
-"Bem... Como você pode ver,
sou um velho e sempre vivi aqui; essa cidade é pequena e conheço os traços
daqueles que são naturais de minha cidade. Você, com essa cara de perdido, pode
ser assaltado ou sequestrado a qualquer momento. Não tem medo de andar assim
sozinho por terras tão estranhas e distantes?"
-"Não, afinal, não tenho nada a
perder além dessa velhas roupas que eu estou trajando. Não tenho bens, nem
riquezas, nem posses comigo."
-"Então, jovem andarilho, você
não tem nada, mas sinto que você possui algo..."
-"O que o senhor acha que eu
tenho?" - indaguei o velho.
-"Você tem um objetivo que quer
atingir." - Nesse momento, a resposta vibrou em meus ouvidos de forma
estranhamente aguda, o que acelerou meu coração. Seria capaz aquele velho
senhor poder entender o a sensação que eu sentia?
-"Sim, eu procuro algo, que tem
enorme valor, porém, nem sei como começar a lhe explicar..."
-"Nem precisa!" Afirmou abruptamente.
"Isso é um assunto seu, e apenas a você deve pertencer. Essa é sua posse,
seu bem mais precioso, que vai ficar guardado contigo até tua morte." -
Essas profundas palavras do ancião levaram-me para uma leve comoção, e tive de
usar a da antiga força masculina para segurar as águas que escorreriam pelos
meus glóbulos oculares.
-"Esta com fome jovem
rapaz?" - Indagou ele, pegando um enorme pão redondo, que estava guardado
na carroça que estava atrás dele.
-"Obrigado, aceito de bom
grado, senhor" - agradeci comecei a devorar o pão. Tentando manter alguma
civilidade em minha alimentação, coisa que é difícil quando se estar morrendo
de fome.
-"Aqui vai ser muito perigoso
para você ficar sozinho. Seu caminho deve continuar por um lugar mais
importante." - Disse ele virando-se e começando a subir na boleia da
carroça que estava o pão que ele retirou.
-"Suba na parte de trás. Tem
alguns pães guardados, eu sempre levo para vender na cidade que é nossa
capital, que fica a não muitas distancias daqui. Faço esse roteiro há anos,
desde quando era criança quando meu pai me ensinou. Continuo fazendo isso; para
mim é quase como uma tradição familiar. Lá na cidade eu vou para o mercado
central; posso deixá-lo qualquer ponto da cidade que quiser e de lá você segue
seu destino. Também tem água lá atrás, para caso queira, e uma pequena cama,
que as vezes uso para tira uns cochilos breves. Creio que você está muito
fadigado e vai precisar de repouso. Suba ai rapaz!"- Permanecia meio
incrédulo com tamanha bondade desse velho homem, quando ele soltou seu
imperativo, rapidamente subi na parte traseira da carroça. Ela tinha uma
espécie de grande lona circular que acobertava toda parte de madeira que era
carregada pelos dois cavalos.
-"Senhor, não sei nem como
agradecer a tamanha gentileza..."
-"Não agradeça a mim." -
Enquanto apontava para o céu afirmou. - "Agradeça para Ele."
Permanecia perplexo e meio sem
entender; era algo superior que eu deveria entender para poder agradecer a
tanta bondade. O velho senhor deu partida nos cavalos, e começou-se a jornada
de fato, da minha busca: a minha mais preciosa posse. Na minha espera pelo que
estou a procurar, deitei minha cabeça no travesseiro e apaguei nos sonhos que
nem minha morte jamais poderia alcançar.
Autor: Douglas
Cavalheiro
Criação:
25/06/2012
objetivo:
www.ligadosfm.com
Comentários