Saudações amantes da história e das estórias. Nos
últimos anos, é detectada uma tendência de declarar as coisas como mortas.
Depois de correr do espírito do homem da máscara de ferro da Bastilha,
presenciei outro evento um tanto assusatador. Gostarei de compartilhar com
todos vocês, portanto, sente-se crianças.
Quando
eu corria para fora da fortaleza, podia ouvir atrás os barulhos das pessoas
invadindo e iniciando seus primeiros passos da destruição do antigo monumento.
Talvez, num futuro distante, isso venha se tornar um nome de bairro. Porém, o
futuro por enquanto não me importa tanto, sobreviver nesses momentos
conturbados tem sido o meu maior desafio. Corri por entre as ruelas. Tentando
evitar o maior aglomerado de pessoas. Porém, não consegui fugir de uma praça
central. Estava lotado de pessoas. Muitos gritava palavras que eram
incompressiveis. Somente dava para entender que estavam muito raivosas. Bravas
de coléra. Porém, eu não conseguia saber o que era a causa de toda essa
confusão. Fui cada vez me aproximando mais, para poder entender o que se passava.
Fui, entre os empurrões que as pessoas trocavam, avancei até a parte mais
dianteira das fileiras. Até que consegui observar, no centro, o pivor de toda
atenção popular.
Uma
gilhotina estava montada. Um homem de cabeça coberta com um capuz preto, conduzia
um ser humano amarrado pelas escadas. Todos gritavam e jogavam tudo que viam
pela frente no pobre ser que ia sendo conduzido para sua morte. Tomates e pedras
voavam. Via por entre suas seroulas que talvez fosse uma especíe de pessoa
importante. Porém, agora estava reduzido a nada.
Ele
olhou para o horizonte, como numa tentativa de falar algumas coisas, mas era
completamente inaldível sua voz diante a histérica gritaria popular. Abaixaram
ele, colocaram sua cabeça presa na madeira que prendia junto com suas mãos. Em
segundos, o carrasco soltou o a corda. Estava feito. Um sádico elevou a cabeça
do condenado e gritou para a multidão, depois dessas palavras o mundo nunca
mais foi o mesmo: “O Rei está morto!
Estamos sem reis para sempre! Vida longa
República!”. Começava o massacre repúblicano no pais dos francos.
Autor: Douglas Cavalheiro
Criação: 28/10/2012
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