As pessoas têm o costume de
julgar esta nova modalidade de ganhar e multiplicar dinheiro no mundo moderno
onde a opinião do público é cada vez mais preciosa. O Marketing de Rede ou
Marketing Multinível, assim como julga o título (Marketing de Pirâmide), é uma
modalidade de relacionamento B2P, ou empresa-cliente, cujo qual este ultimo
consome os produtos de uma determinada marca na medida em que compartilha dos
ganhos da empresa detentora dessa mesma marca a qual ela engaja-se como
parceira. Para isto, basta que ele (o cliente) atraia novos potenciais
consumidores a sua rede de clientes e os fidelize de imediato.
As palavras são bem simples e
diretas, ora, estamos lidando com uma coluna e não com um ensaio científico!
Mas, se observarmos o comportamento das pessoas dentro das pirâmides de grupos,
como Herbalife e Telefonias VOIP espalhadas pelos 04 cantos do Brasil e do
mundo, veremos que a fidelização se consolida quando uma determinada pessoa
comum não somente adquire um produto da marca em questão, mas, associa-se a ela
como “distribuidor”. A relação é bem simples e para cada nova pessoa que este
novo membro conseguir vincular à rede, uma nova fonte de recurso origina-se na
sua cadeia de ganhos. Parece surreal e prático, mas, a coisa é bem mais complexa
do que se imagina...
Os custos de produção dessas
entidades são baixíssimos, assim como o número de falências dessas entidades
pouco se ouve falar. Da Amway, precussora na década de 1990, aqui no Brasil, à
Telextreme, serviço de telefonia VOIP o qual opera há pouco mais de 10 anos no
páis, todos foram vítimas de boatos a respeito de falências e de desistências
de representantes. Na verdade, a desistência é um evento normal na atividade
econômica, igual às falências, comum a todos os ramos da atividade econômica,
porém, se os níveis de desistência fossem maior do que 50%, a ponto de
comprometer o faturamento dessas entidades, provavelmente, nem a Herbalife estaria
aí para contar alguma estória. A Herbalife foi a precursora deste modelo de
multiplicação da renda empresarial no mundo e atua no mercado desde 1981.
Atualmente, o grande boom que circunda a gestão de marca das
empresas é o advento das redes sociais. Se observarmos detalhadamente, as
empresas estão quase que plenamente atentas ao que os consumidores têm a dizer
sobre seus produtos e serviços e ao que compartilham em termos de promoções e dicas
acerca do que há de melhor e de inseguro nas prateleiras. A diferença é que
elas não remuneram consumidores satisfeitos e isto se deve a uma infinidade de
motivos, dentre eles, a existência de uma cadeia já estabelecida de
fornecedores, vendedores, marqueteiros e distribuidores – o que incorre em
custos altíssimos, assim como torna desnecessária a distribuição de seus ganhos
com mais agentes econômicos. No Marketing de Rede, a coisa é bem diferente.
Eles não contam com este
poderosíssimo aparato da economia capitalista, logo, adotam estratégias
diferentes de fazer o produto chegar até as mãos dos consumidores:
transformando-os em clientes. Veja bem, isto não se trata de propaganda, mas de
fruto da observação de alguém que quase entrou em uma dessas redes por duas
vezes durante sua vida e optou por observar como funciona esta modalidade
inovadora de mercado há mais de 06 anos.
Quando uma entidade, como a Aloe
Vera, decide transformar seu leque de consumidores em parceiros, tem que,
primeiramente, fidelizá-los e coloca-los em sua rota de consumo. Em seguida, de
distribuição. E, logo após, de revenda e compra. Ou seja, o ciclo é capaz de
manter-se constante, sem, necessariamente, ter que contar com uma rede
logística de distribuição, de departamento para revenda e de comunicação para
propaganda. Quem consome, cuida disto tudo fazendo uso da ferramenta mais
estudada e discutida na Gestão de Marketing das ultimas duas décadas: o
Marketing Boca-a-Boca.
O que há de errado ou diferente
nisto? Absolutamente NADA!!! Quer dizer, quase nada, senão, na inovação de
reduzir as políticas de custos que envolve toda uma cadeia produtiva a irrisórios
quartos de percentual. Eliminando esta cadeia, ampliando a rede de clientes e “distribuidores”
e realizando-os como membros parceiros e consumidores potenciais (o que mais de
90% das empresas que atuam no varejo objetivam em sua política de vendas), aos
poucos se fazem possível ampliar a escala produtiva e, cada vez mais, reduzir
custos. Ou seja, remunerar distribuidores e cabeças de chave com pouco mais de
02 salários mínimos nas Pirâmides multiníveis não necessariamente consumar-se-á
em um fim trágico para toda a rede. Se ela conseguir manter cada uma de suas
fontes distribuidoras / consumidoras ativos e ligados a este sistema,
conseguirá, com sucesso, segurar sua estrutura de ganhos.
E a propósito, é pouco provável
que alguém que se envolva, que injete recursos e aposte suas economias em um
sistema deste saia por aí julgando ou falando mal da marca a qual adotara como
parceiro. A tendência é a de que o Marketing Boca-a-Boca seja o mais positivo
possível, assim como acionistas ordinários o fazem com as corporações as quais
eles têm propriedade acionária!
O problema, todavia, deste
sistema, ainda está na resistência das pessoas em investir e empreender seus
recursos pessoais, sobretudo, em uma democracia com pouco mais de 24 anos e que
atravessou duas recessões econômicas, uma moratória do pagamento da dívida
externa, dezenas de surtos ‘estaguinflacionários’, cinco moedas, dezenas de
planos econômicos fracassados e um confisco geral de contas pessoais. A
propósito, até durante a história das organizações, se em Teoria Geral da Administração
estudamos dezenas de teorias cujas quais levaram anos até serem aceitas e
consolidadas – e levaram, cada uma, até meia década para ser adotada pelas
entidades produtivas do meio econômico e por estudiosos da economia e da
engenharia –, o Marketing de Rede, o qual surgiu no início da década de 1980 e
que pouco tem sido objeto de estudo de teóricos e cientistas, também não
usufruirá de aceitação assim tão imediatamente.
Os primeiros agentes econômicos a
praticar as pirâmides organizacionais começaram a fazê-lo há pouco mais de 30
anos e, de lá para cá, muito têm inovado neste meio, sobretudo, no tipo de
produto a ser comercializado. Ou seja, está em fase de amadurecimento e sua
popularização, assim como tudo o que há de mais moderno em redes sociais,
exigirá ainda alguns anos. Sim! Pois, o facebook não cobra de seus usuários uma
quantia determinada para que eles mantenham suas contas ativas no site – Mister
Colibri, sim. Contudo, inversamente, esta ultima remunera seus agentes,
diferentemente da primeira...
Lembre-se: o modelo do Marketing
de Rede somente será plenamente aceito pela sociedade como uma forma
consistente de gerar ganhos e multiplicar renda, com menos receios e incógnitas,
por assim dizer, quando o advento da falência tornar-se comum nesta novíssima
modalidade de se fazer dinheiro. Isto, porque haverá entidades cada vez maiores
e mais poderosas, capazes de exterminar concorrentes potenciais, como acontece
no ramo dos supermercados e da revenda de veículos. Falo de entidades capazes,
também, de convencer o público a apostar em suas políticas de ganhos e de
inovar, na medida em que aumenta a sua produção, de pessoas dispostas a consumir
seus produtos na base da pirâmide e da política de custos mínimos associada à crescente
remuneração para quem está lá em cima na ponta da pirâmide.
Prahallad, mesmo, em seu ensaio “A
riqueza na base da pirâmide”, fala, como ninguém, sobre a capacidade de se
gerar ganhos para a ponta da pirâmide a partir da base. Aqui, no Marketing de
rede, a base é a fidelizada a partir de estímulos e incentivos à manutenção de
sua condição de demandante de uma oferta que só cresce.
Ainda tens dúvidas? Então,
observe com minúcia ao seu redor e verás que não somente a quantidade de
pessoas próximas envolvidas com algum tipo de relacionamento em rede tem
crescido, mas, e sobretudo, que as organizações as quais se consolidaram na
atividade econômica há anos estão adotando preceitos de relacionamento em rede
com clientes e consumidores potenciais. No futuro, a briga mercadológica entre
corporações não estará restrita ao crescimento no número das vendas de seus
produtos finais, todavia sim, na busca incessante pela consolidação do alicerce
das parcerias entre ela e quem está disposto a compra-los (“distribuidores”).
Por: Andesson Amaro Cavalcanti
Em: 18/12/2012
Objetivo: www.LigadosFM.com
Confira a ultima coluna Mundo
Cão: 53º Mundo Cão - Entre R$ 2,58 e R$ 3,09 há pouco o que se explicar...
Comentários
Eu trabalho na área de marketing de rede e vendas diretas há mais de 12 anos e penso que esse modelo de negócios é um dos melhores modelos para as pessoas que queiram empreender sem ter de investir muito.
Até mesmo o Robert Kiyosaki e Donald Trump têm insistido em demostrar a grande viabilidade do marketing de rede.
Um grande abraço