57º Mundo Cão - O Mundo na palma da mão (SANTOS REIS ESPECIAL!!!)

A coluna de hoje é uma releitura especial de Santos Reis, originalmente publicada em "Decatelo - Entre o Cult, o Pop e o Mundo-Cão" em maio de 2010 e que buscava discutir os valores inerentes ao trabalho e ao esforço do homem para atingir suas conquistas. Claro, como sempre, questionamentos foram deixados ao ar para que, originalmente, fossem discutidos e externados pelos leitores.


É o que queremos aqui na Ligados! Leiam, sintam-se à vontade e externem suas opiniões! Como sempre, elas são de extrema importância para esta família de pessoas normais, que vivem, leem e escrevem!

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Antes, hoje, vinha pensando numa fuga p'ra cada tipo de problema na vida. Começou pelas perdas, a perda de uma oportunidade, de uma seleção, da paciência da mulher, daquele programa de TV que dá em nada mas vale uma escapadinha do estresse diário, de alguns reais da carteira, do ônibus, da vida...

Quase fui atropelado, mas nunca quase atropelei ninguém!! E sou muito grato a Deus por nunca ter jogado um carro em cima de uma pessoa, d'um animal perdido... Só que minha distração, pensando na perda que me tomara de conta esses dias, quase me jogou de volta um feitiço que não me fora de autoria: a maldição de um bate-boca com o motorista do carro teleguiado (o que quase me picara o corpo).

A verdade é que cada perda significa uma dor de cabeça... Já há pouco saí correndo de casa sem sequer almoçar p'ra resolver algumas pendências imprevistas. Na verdade, perdi uma seleção. Tal impulso de perda me fez refletir num monte de oportunidades mais, grandiosas por sinal, que naquele momento era a alternativa da vez, a bola do chute ou do balde que bate na nossa bunda depois d'um bicudo c'uma chuteira.



Era de trabalho que 'tava refletindo (isso mesmo, perdi, por um instante a oportunidade de poder ganhar alguns mil reais sem fazer absolutamente nada!). Mas depois dessa perda, tive a certeza de que ao invés de esperar por algo que me deixasse parado, deveria trilhar o caminho da pureza de gerar resultados. Tinha duas opções: ganhar para não fazer nada ou ganhar para trabalhar. A maioria das pessoas optariam, e optam, pela primeira. Nas minhas condições, tenho certeza de que quero e devo ir atras da segunda.

Melhor traduzindo, é que também nos envolvemos com o sentimento da utilidade humana. Descobri que esse caminho de que agora falo, apesar de parecer difícil, pesado ou mais estressante, é mais envolvedor, traz entusiamos maior e reconhecimento (como consequência), ao contrário daquele que me dera um surto de raiva há poucas horas. Eu estava certo desde alguns dias. Queria justamente ser útil, reconhecido (trabalhar, melhor dizendo), mas conselhos alheios alertavam-me de que não - de que eu estava errado. Sou, como qualquer diferente, um bicho que não veio ao mundo por acaso. (OBS.: Ninguém teve culpa disso...)



O que seria do reconhecimento sem o trabalho? O trabalho existe sem reconhecimento, mas, do contrário, em nada há de se proceder. 'Tou numa fase da vida que ainda preciso crescer e que a estabilidade, tão almejada, ainda está lá na frente, anos luz de hoje. Logo, preciso trabalhar, e não ficar parado!! E acredito que este é o pensamento de quem realmente quer crescer. Já que trabalho não se resume apenas a dinheiro ou utilidade. É mais que isso.

Trabalho é aprendizado (de crescimento, de como lidar com dinheiro, de como fazê-lo se multiplicar, de como tirar o melhor proveito dele p'ra ser feliz e, sobretudo, de como fazer uso dele, do dinheiro, para o bem). E o meio de se conseguir colocar o Mundo em nossas mãos!

Por: Andesson Amaro Cavalcanti
Em: 08/01/2013
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